quinta-feira, 28 de julho de 2011

Edição Especial CONEXÃO REGGAE & CORRE

       É neste sábado edição especial do Conexão Reggae e Corre – Coletivo Roots Reggae no Recanto da Seresta, Pça Duque de Caxias,120 Santa Tereza BH, para animar a festa participarão o Deskareggae Sound System com os selectors Rafael Oliveira e Pedro Varella e a Raiz de Jequí  que chega aos 4 anos de caminhada contando para esta apresentação com as participações mais que  especiais de Rossini Guimarães (Caroço Reggae -Teófilo Otoni  MG), Rodrigo Seixas “Dim” (Quilombo Roots Reggae – Governador Valadares MG) e Leal Sound System BH e mantendo tradição do Conexão Reggae o palco aberto também acontece com a Família CORRE (Bangah Band, Kabalions Roots Reggae, Caban Reggae Serrano, Leal Sound System Sabedoria Nahtiva e Raiz de Jequí).
      A Raiz de Jequí surgiu no ano de 2007 em Belo Horizonte  unindo músicos do interior e grande BH, José Ricardo Amorin, Vinicius Jorge Medina e Vinicius Rosenburg todos  da cidade de Teófilo Otoni se juntaram ao “Fill” Felipe Augusto Maia de Contagem , “Tunái” Tadeu Augusto, Santa Luzia e Wesley Snipes, Venda Nova, nestes 4 anos a banda já realizou mais de 60 apresentações  em MG e RJ passando pelas cidades de  Contagem, Setubinha, Ouro Preto, Serro, São Gonçalo do Rio das Pedra, Milho Verde,Santa Clara, Conceição de Ibitipoca, Governador Valadades, Teófilo Otoni, Lapinha da Serra, Macacos  e Belo Horizonte ,esta união  começou na cena do reggae de Contagem com o Projeto REGGALIA  e vai se mantendo dia após dia, a Raiz de Jequí  trabalha no seu primeiro álbum “Tudo Família” que ainda em construção de aprendizado  desta caminhada,  a família cada vez mais cresce e fortalece, cada apresentação deixa uma marca diferente contando com amigos e público que juntos celebram a música jamaicana em comunhão com a cultura de Minas Gerais.


http://www.youtube.com/user/raizdejequi
http://www.myspace.com/lealsoundsystem
http://deskareggae.com/

terça-feira, 19 de julho de 2011

A Etiópia está à venda


Imaginem terrenos férteis com uma área semelhante à do distrito de Lisboa arrendada durante 50 anos, por menos de 700 euros/mês. Não é preciso imaginar. É apenas mais um negócio oferecido pelo governo da Etiópia. No total, a oferta de terrenos nestas condições equivale já à área dos quatro maiores distritos portugueses: Beja, Évora, Santarém e Castelo Branco. Cerca de 35% da área continental de Portugal, três milhões de hectares, um quadrado com 173 km de lado.


Ao mesmo tempo, o governo etíope tem em curso um programa de relocalização das populações dessas áreas. O argumento é o de agrupamento em povoações maiores para assim assegurar o acesso ao abastecimento de água, à rede viária, a escolas, hospitais, transportes, etc.. A simultaneidade entre os dois acontecimentos é mera coincidência, dizem os responsáveis. A verdade é que a promessa de melhores infra-estruturas e maior qualidade de vida não tem passado disso mesmo, uma promessa, e o clima de medo e opressão está instalado. Só durante este ano, mais de 15 mil pessoas serão relocalizadas.


Apesar da Etiópia ser um dos países com maiores problemas de subnutrição do planeta – recebeu no ano passado 700 mil toneladas de alimentos como ajuda humanitária – os investidores vão produzir colheitas de alto valor como soja, óleo de palma, algodão e açúcar para exportação ao invés de cereais e outros vegetais para consumo das populações etíopes. Aos impactos sociais junta-se a devastação ambiental extrema: os terrenos são queimados, as florestas abatidas e as zonas úmidas drenadas. Uma reconfiguração do ecossistema em grande escala.


Estes fatos foram revelados por uma reportagem do The Guardian. O governo etíope defende esta industrialização em larga escala como necessidade e única solução para o desenvolvimento. Curiosamente, no início deste mês, um relatório das Nações Unidas mostrou que a agricultura ecológica, desenvolvida por pequenos agricultores e sem se basear em químicos e pesticidas, pode dobrar a produção alimentar em África nos próximos dez anos.


A mega-exporação de que falava no início, com o tamanho do distrito de Lisboa, terá 60 mil trabalhadores que vão ganhar menos de um dólar por dia. A sua missão será trabalhar as terras que sempre foram suas e para as quais não podem voltar com pleno direito. O governo garante ainda aos investidores vários incentivos fiscais e estradas construídas com dinheiro públicos.


O benefício para a população etíope é imperceptível. Ficam sem os alimentos e sem as terras para a produzir. O futuro fica comprometido. O poder do Estado e o seu aparelho repressivo garantem a venda a retalho do país e colocam a economia ao serviço da extorsão. Tudo à custa da segurança alimentar e da escravização “moderna” da sua população. Os poucos que lucram com o negócio - o fundo de pensões do Reino Unido, outros fundos financeiros e os tubarões internacionais do ramo - agradecem e mantém a sua aura de responsabilidade social.


(*) Nelson Peralta é biólogo, dirigente do Bloco de Esquerda, de Portugal.




Questão complicadissima quando nos perguntamos qual a melhor forma de agricultura para esse país de história tão notavel no que diz respeito a Unidade maior. O modelo agroexportador para um país com um dos índices mais altos de subnutrição é questionavel. Por aqui somos contra alimentos trangênicos e defendemos a agricultura familiar e a economia solidária.